Um novo T800 promete movimentos de combate humanos e levanta questões sobre automação e segurança no trabalho. A China marcou um marco na robótica ao apresentar o robô humanóide T800. Fabricado pela empresa EngineAl, o protótipo demonstra habilidades dinâmicas, desde chutes voadores até manobras de combate. O T800 tem dimensões e peso médios humanos e combina materiais de grau aeronáutico com um sistema de perceção avançado: LIDAR 360 graus, sensores estereoscópicos e processamento rápido para reconhecer o ambiente e evitar obstáculos. A EngineAl garante que a sua energia térmica e a refrigeração das articulações permitem um desempenho sustentado de até quatro horas.
O impressionante design do robô T800
O robô é construído com painéis de alumínio aeronáutico para reduzir o peso e melhorar a resistência; os seus motores articulados permitem giros rápidos, mudanças de direção e técnicas de alto impacto, como os pontapés observados num vídeo de demonstração divulgado pela empresa. O seu sistema sensorial multimodal permite respostas em milissegundos, o que, segundo a EngineAl, possibilita a execução de tarefas industriais pesadas e manobras de precisão com uma eficiência que a empresa compara favoravelmente com a dos trabalhadores humanos.

Custos, aplicações e advertências éticas
A EngineAl fixou um preço de lançamento de mais de US$ 25.000 e afirmou que o custo operacional do T800 seria aproximadamente um terço do gasto com mão de obra humana. A proposta comercial inclui uso em manufatura, serviços comerciais e funções domésticas interativas. Especialistas e observadores alertam para as implicações laborais e éticas: delegar tarefas perigosas ou especializadas a robôs de combate obriga a debater a regulamentação, a segurança e o controlo humano. Além disso, a capacidade destas máquinas de replicar movimentos humanos exige protocolos rigorosos.
Contexto e futuro da robótica chinesa
A China liderou a instalação em massa de robôs industriais e o governo impulsiona investimentos que aceleram a adoção tecnológica, um contexto que facilita o surgimento de avanços como o T800. Nesse quadro, as empresas procuram levar a robótica dos laboratórios para fábricas e residências. A chegada de máquinas com capacidades de combate e alta resistência obriga a decidir onde traçar limites: quais tarefas delegar, como proteger empregos e quais salvaguardas regulatórias implementar antes que esses sistemas sejam integrados em massa.
