O Governo detectou que milhares de programas não cumprem os requisitos mínimos. Conheça os detalhes. A formação de motoristas de camião atravessa um dos momentos mais tensos dos últimos anos. Num país que já lida com falta de pessoal, jornadas exaustivas e rotas cada vez mais exigentes, milhares de estudantes que buscam obter uma licença comercial podem ficar sem centro de treinamento devido a uma série de medidas federais que impactam diretamente o setor. De acordo com novas avaliações do Departamento de Transportes, cerca de 44% dos programas de formação registrados não cumprem os padrões exigidos, o que coloca em risco a sua continuidade e abre um cenário de forte incerteza para professores, candidatos e empregadores.
Uma indústria com escassez de pessoal e centros em risco
A revisão oficial detectou que milhares de programas não cumprem os requisitos mínimos para continuar a operar dentro do Registo de Prestadores de Formação. A exclusão da lista implica um golpe direto: as escolas que perdem a sua certificação já não poderão emitir os certificados obrigatórios para obter uma CDL, documento essencial para trabalhar legalmente como motorista comercial. Além das expulsões, outros milhares de centros receberam avisos de incumprimento e têm apenas 30 dias para demonstrar que cumprem as normas federais.

Trump retirou a licença desses motoristas por não cumprirem os requisitos mínimos
Sob a atual administração, o governo decidiu aprofundar os controlos sobre a formação de camionistas em todo o país. De acordo com dados do Departamento de Transportes, cerca de 3.000 centros foram eliminados do registo oficial e outros 4.000 estão sob revisão imediata. O argumento central é reforçar a segurança e impedir que motoristas com formação insuficiente obtenham a carta de condução e operem semi-reboques, autocarros escolares ou camiões de carga pesada. Autoridades como o secretário de Transportes, Sean Duffy, e o administrador da FMCSA, Derek Barrs, sustentam que a depuração é necessária para unificar padrões e acabar com práticas irregulares, como falsificação de dados, formações incompletas e registos imprecisos.
Milhares de candidatos ficam em espera
Para aqueles que estavam prestes a iniciar ou concluir a sua formação, a situação é especialmente crítica. O encerramento dos programas implica atrasos, custos adicionais e, em alguns casos, a procura de novas escolas autorizadas para poder concluir a formação obrigatória. As empresas de transporte, por sua vez, alertam que a medida pode agravar a escassez de motoristas, um problema que já afeta as cadeias de abastecimento e os prazos de entrega em todo o país.
