Vou iniciar o ano de 2019, com mais um grande desafio, as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), as organizações de economia social.
Durante muitas décadas, as organizações de intervenção social viveram ancoradas em modelos em que a generosidade e o voluntariado eram suficientes para a justificar o trabalho que faziam. No entanto, não podemos ficar amarrados a esse passado, porque vivemos um presente de grandes desafios, que teremos de assumir, com energia e frontalidade, se queremos salvaguardar um futuro sustentável. E se queremos sustentabilidade, não podemos ficar à espera que ela nos chegue de mão beijada, temos que meter mão à obra e já…
A Qualidade não é um atributo que decorra da bondade e generosidade das pessoas ou organizações. A Qualidade depende da constatação do cumprimento da missão da organização, através da verificação de um conjunto de processos de procedimentos técnicos, administrativos e de gestão e dos resultados concretos que deles decorrem. Por outras palavras, a qualidade remete-nos para uma avaliação objetiva daquilo que fazemos, daquilo que proporcionamos aos nossos clientes. Em qualidade não pode haver o mais ou menos” … aquilo que é bom ou bem feito, demonstra-se com evidencias, quer ao nível do resultado, quer do processo que foi determinante para alcançar. E é aqui que surgem os grandes desafios que estão sempre subjacentes às grandes mudanças …
As IPSS, tal como outras organizações prestadoras de serviços de apoio social, são estruturas que dão uma resposta muito importante às emergentes necessidades comunitárias e sociais.
O Estado reconhece a importância deste tipo de organizações por isso, através da Segurança Social, vem procurando assegurar que os clientes beneficiem de uma prestação de serviços de qualidade e que vá de encontro às suas necessidades e expectativas.
Para tal o ISS (Instituto da Segurança Social), elaborou referenciais ou normas que permitem ajudar à implementação de um SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade).
A Gestão da Qualidade nas organizações do terceiro sector tem como foco uma maior satisfação dos seus clientes através de respostas adequadas às suas necessidades, mas também, preconiza e promove o uso mais eficiente dos recursos das Instituições, ao mesmo tempo que vem responsabilizar e imprimir rigor e exigências neste âmbito de atuação.
Estes Manuais foram beber a outras normas reconhecidas internacionalmente (ISO 9001 e 9000). Assim, já foram criados 8 referenciais, para as respostas sociais que neste momento tem mais expressão no nosso país. Oito modelos aplicáveis a pessoas e suas famílias, que de uma forma geral, permitem avaliarmos a qualidade dos serviços prestados e, promover a diferenciação positiva das respostas sociais.
O termo qualidade é cada vez mais frequente no nosso vocabulário: fala-se hoje muito em qualidade de um serviço, qualidade de ensino, qualidade de vida, etc. Com o aparecimento de produtos cada vez mais com melhor qualidade, as pessoas adquirem uma nova cultura e tornaram-se mais exigentes e sensíveis para pormenores anteriormente descurados.
Neste sentido, podemos definir qualidade como uma forma de estar, de conviver e de atuar, no sentido de haver uma procura permanente de obtenção de melhores resultados a partir de um melhor desempenho de cada elemento interveniente no processo.
Qualquer organização necessita de dispor de clientela, a Qualidade está sempre orientada para o cliente, uma vez que é para ele, e para a satisfação das suas necessidades, que a organização existe e trabalha.
Devido à importância e pertinência do tema, irei desenvolvê-lo das mais variadas formas, tais como conversas, vídeos e até mesmo formações …
Até Já!
Sandra do Rosário